IOF Vai Mudar com o Novo Governo? Veja o Que Está em Jogo no Seu Bolso

Mudança no IOF - Dicas de Finanças Online

A mudança no IOF voltou a ser pauta com a troca de governo e os ajustes na política econômica. O Imposto sobre Operações Financeiras, apesar de pouco compreendido por muitos, afeta diretamente o bolso da população — seja nas compras internacionais, nos empréstimos ou nas remessas ao exterior. Mas afinal, o que o novo governo pode realmente mudar no IOF? E o que já está previsto por lei?

O que é o IOF e por que ele é importante?

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal aplicado sobre uma série de transações: empréstimos, financiamentos, câmbio, seguros e até alguns investimentos. Ele é uma ferramenta econômica poderosa, usada para regular o consumo, controlar o crédito e gerar receita para o governo. Como é um imposto que pode ser alterado por decreto, a mudança no IOF costuma ser rápida e estratégica.

Em quais situações o IOF é cobrado?

Você paga IOF toda vez que realiza:

  • Compras internacionais com cartão de crédito (4,38%);
  • Compra de moeda estrangeira (1,1%);
  • Empréstimos e financiamentos (0,38% + diária);
  • Contratação de seguros (ex: seguro de vida).

Esses valores muitas vezes passam despercebidos, mas têm impacto direto no custo total da operação.

Mudança no IOF: o que o governo pode alterar?

Diferente de outros impostos, o IOF pode ser ajustado sem passar pelo Congresso. Basta um decreto presidencial. Isso significa que uma mudança no IOF pode ocorrer de forma imediata, dependendo das diretrizes econômicas da gestão em vigor.

Por exemplo, em 2020, o governo anterior zerou o IOF temporariamente durante a pandemia para estimular a economia. Já em 2022, ele voltou a subir para recompor o caixa.

O que já está definido para os próximos anos?

Existe uma agenda formal em andamento: o Brasil se comprometeu com a OCDE a zerar gradualmente o IOF nas operações de câmbio até 2029. O plano começou em 2023 e prevê reduções anuais na alíquota de IOF cambial, afetando principalmente operações como compra de moeda estrangeira, remessas para o exterior e pagamentos internacionais.

Segundo o blog do Nubank, a alíquota foi reduzida para 0,8% em 2024 (antes era 1,1%), e novas reduções estão previstas até que o imposto seja zerado. Essa mudança busca alinhar o Brasil a padrões internacionais e tornar o país mais atrativo a investimentos externos.

As outras alíquotas também vão mudar?

Por enquanto, não. O IOF sobre cartão internacional, crédito e seguros não tem previsão de corte. Pelo contrário: com a necessidade de equilíbrio fiscal, é provável que o governo mantenha essas alíquotas como estão, pelo menos no curto prazo.

Ou seja, a mudança no IOF está, até agora, restrita ao câmbio — uma medida voltada principalmente a investidores, remessas pessoais e empresas com atuação internacional.

Como isso afeta o consumidor comum?

Mesmo sem perceber, você já é afetado pelo IOF. Se usar o cartão em sites internacionais, o imposto aparece. Se contratar um empréstimo ou seguro, ele está incluído no custo. Uma mudança no IOF pode tornar essas operações mais baratas ou mais caras, dependendo da direção tomada pelo governo.

No caso do câmbio, a redução da alíquota beneficia diretamente quem faz remessas para fins educacionais, familiares ou de investimento fora do país, tornando essas operações menos onerosas.

Exemplo prático

Imagine que você faz uma compra internacional de R$ 1.000. O IOF de 4,38% significa que R$ 43,80 são adicionados ao custo. Já um empréstimo de R$ 10 mil pode gerar cerca de R$ 380 de IOF embutido no valor final. Em operações de câmbio, uma remessa de R$ 5.000 teria um IOF de R$ 55 com alíquota antiga (1,1%), mas cai para R$ 40 com a alíquota atual (0,8%).

Ao longo do tempo, essas diferenças fazem impacto real no orçamento.

A mudança no IOF depende menos de promessa política e mais de estratégia econômica. Embora a redução nas operações de câmbio já esteja em andamento, o restante segue sem alteração. Ficar atento aos decretos e anúncios oficiais ajuda a entender como o imposto impacta seu bolso — e a se preparar para as decisões financeiras do dia a dia.

Quer entender mais sobre os impactos dos descontos em folha? Veja também nosso post sobre salário bruto e salário líquido e saiba como impostos e taxas moldam o valor real que entra na sua conta.

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